Agricultura biológica vs Agricultura tradicional

Quando as pessoas ouvem falar em agricultura, associam normalmente esta palavra à forma utilizada pelos seres humanos para que se consigam alimentar, assegurando assim a sua subsistência. No entanto, com o avanço das novas tecnologias, a agricultura antes considerada como um simples meio de sobrevivência para os homens, passou a ser vista de outra forma – sobretudo desde que o agricultor passou a fazer as suas plantações sem a adição de produtos artificiais ou químicos, que antes eram utilizados de forma indiscriminada.
O que é, afinal, a agricultura biológica?
Quando os agricultores cultivam as suas plantações sem utilizar aditivos químicos ou pesticidas, e não almejam cultivar alimentos geneticamente modificados, falamos em agricultura biológica. Neste tipo de agricultura, a preocupação com a sustentabilidade e com um solo que seja saudável para continuar a alimentar as novas gerações é um cuidado muito evidente. No entanto, o princípio filosófico da agricultura orgânica ou biológica transcende as plantações para o sustento do homem, indo mais além e incluindo também a pecuária. Neste campo, a maior preocupação é com os fármacos de origem hormonal que são utilizados com a finalidade de produzir animais mais fortes e maiores, num espaço de tempo mais curto, e assim obter mais e melhores lucros.
Os adeptos da agricultura biológica advertem também para o facto de os produtos alimentares processados estarem isentos de aromatizantes ou corantes artificiais. Porém, uma das principais características da agricultura orgânica e que a diferencia da agricultura tradicional é o facto de ela promover uma tendência no crescimento de produtos orgânicos que não sirvam somente para a alimentação – como, por exemplo, as fibras orgânicas de algodão, que são utilizadas na produção de peças de vestuário orgânico.
E a agricultura tradicional?
Na agricultura tradicional, diferente da biológica, ainda se mantém a utilização de agentes químicos nas plantações. Denominada muitas vezes como agricultura de subsistência, a agricultura tradicional apresenta as seguintes características:
- As técnicas utilizadas para o cultivo são antigas, com a ausência de maquinaria (ou então uma gama muito reduzida) e a utilização tradicional de animais e trabalho manual.
- Serve essencialmente para o sustento dos agricultores, sendo que apenas alguns têm interesse/disponibilidade em exportar os produtos oriundos das suas terras.
- Utiliza a policultura e apresenta uma tradição caracterizada por grandes extensões de terras sem produção.
- Recorre a técnicas já ultrapassadas e antigas, que favorecem a baixa produtividade no momento do cultivo das plantações.
É ainda sabido que a agricultura tradicional abrange cerca de 70% dos países menos desenvolvidos, sendo totalmente dependente das condições naturais e/ou do meio ambiente.
Diferenças entre agricultura biológica e agricultura tradicional
Como se pode perceber, as técnicas de cultivo de alimentos têm-se modificado ao longo dos tempos, evoluindo cada vez mais da agricultura tradicional para a chamada agricultura biológica ou orgânica. Na grande maioria dos países desenvolvidos, a agricultura tradicional já cedeu lugar à biológica, em virtude das grandes vantagens que apresenta, já que as pessoas, para além de produzirem alimentos mais saudáveis, utilizam sobretudo compostos orgânicos e naturais.
A principal diferença entre a agricultura biológica e a tradicional é com certeza a preocupação da primeira em manter uma economia sustentável, além de ter como princípio básico fazer com que as futuras gerações possam desfrutar de um solo mais saudável e que produza alimentos isentos de químicos para uma subsistência salutar dos seres humanos.